O que é Miopatia ?
A Miopatia é uma doença neuromuscular que afeta os músculos esqueléticos, que são responsáveis por nossos movimentos voluntários. Essa condição pode causar fraqueza muscular progressiva, fadiga e dificuldade para realizar atividades diárias.
Existem vários tipos de miopatia, cada um com suas próprias características e causas específicas.
Neste artigo, vamos explorar os aspectos-chave da miopatia, incluindo seus sintomas, causas, diagnóstico e opções de tratamento.
Assim, chamamos de Miopatias as doenças dos músculos, e muitas vezes é assintomática – porque não apresenta dores – nem nada.
Há grande variabilidade de doenças que determinam miopatias; de formas de evolução, mais graves ou até mesmo assintomáticas; de idades das pessoas acometidas; de comprometimento das funções do dia a dia ou da qualidade de vida; de prognóstico.
O sintoma mais característico, presente em praticamente todos os tipos de miopatia, é a fraqueza muscular. É comum pessoas com miopatias apresentarem dificuldades de locomoção, dificuldade ao levantar e de realizar tarefas rotineiras. Muitos pacientes apresentam fadiga extrema, atrofias, intolerância ao esforço físico e exercícios, cãibras e eventualmente até mesmo dores musculares.
Os tipos mais conhecidos de miopatias de origem genética são as distrofias musculares de Duchenne e a de Becker.
O Ministério da Saúde considera doença rara , e incidência de miopatias que afecta é de aproximadamente 5 a 65 casos para cada 100 mil pessoas por ano, e a prevalência anual pode variar de 15 a 33 casos para cada 100 mil pessoas.
Entre as doenças raras, existem as miopatias, um grupo de doenças que afetam os músculos e podem ter causas genéticas, inflamatórias, metabólicas ou tóxicas.
Os neurologistas, explicam que as miopatias ou doenças musculares representam um grupo heterogêneo de doenças que afetam, primariamente, a musculatura esquelética, podendo comprometer braços, pernas, músculos do tronco e da face e, em alguns casos, as funções cardíaca e respiratória.
Introdução
A miopatia é uma condição complexa que pode afetar pessoas de todas as idades e origens. Caracteriza-se por fraqueza muscular gradual, que pode variar de leve a grave. Embora a miopatia não tenha cura, existem tratamentos disponíveis para ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
FAQ’s
1. Quais são os sintomas da miopatia?
- Fraqueza muscular
- Fadiga
- Dificuldade para andar ou subir escadas
- Quedas frequentes
- Cãibras musculares
- Dificuldades em engolir comida
- Perda de massa magra (músculos)
Um dos braços ou uma das pernas está notavelmente menor - Incapacidade de se mover normalmente
2. O que causa miopatia?
- Distúrbios genéticos
- Doenças autoimunes
- Infecções
- Lesão muscular
- Medicamentos certos
3. Como a miopatia é diagnosticada?
- Exame físico
- Histórico médico
- Testes laboratoriais
- Estudos de imagem (como ressonância magnética ou tomografia computadorizada)
- Biópsia muscular
“Dificuldade para se levantar de uma cadeira é um teste bastante importante, principalmente em idosos, assim como subir e descer escada. Em casos mais graves, observamos a dificuldade para engolir, para se alimentar e para respirar – uma vez que uma parte da respiração se faz pelo diafragma, que é um músculo de contração voluntária”, diz o ortopedista Fabiano Nunes.
Diagnóstico
O diagnóstico do subtipo exato da miopatia inflamatória baseia-se na combinação de história clínica, tempo de progressão da doença, padrão de envolvimento muscular, níveis de enzima muscular, achados eletromiográficos, biópsia muscular, e para algumas condições a presença de certos autoanticorpos. A
lterações típicas da pele, com ou sem fraqueza muscular, indicam dermatomiosite; um início de fraqueza subaguda proximal miopática aponta para o diagnóstico de polimiosite ou miosite necrosante autoimune; e fraqueza distal com pontos de atrofia seletiva na miosite por corpúsculos de inclusão.
A eletromiografia é diagnosticamente útil em todos os subtipos da doença para descartar condições neurogénicas e avaliar a atividade da doença.
Níveis de creatininoquinase sérica são elevados em todos os subtipos (normal em Adultos= 200), mas níveis muito altos, desde o início da doença sugerem miosite necrosante autoimune, mas a aldolase é um exame mais específico. Imagem de ressonância magnética é útil para o diagnóstico quando edema muscular está presente ou miofasciite é suspeita, bem como para a identificação dos músculos particulares atingidos por atrofia na miosite por corpúsculos de inclusão. A biópsia é essencial para o diagnóstico de polimiosite, miosite por sobreposição ou outras formas de comprometimento muscular. A pesquisa de autoanticorpos é útil para o diagnóstico de miosite necrosante autoimune e para a classificação dos subtipos distintos e suas associações com envolvimento de órgãos sistêmicas, tais como doença intersticial pulmonar.
Entre as enzimas musculares, o mais sensível indicador de miopatia inflamatória é a creatinoquinase, que é elevada nos pacientes com doença ativa. Os níveis mais altos, até mais de 50 vezes o limite superior do normal são observados em pacientes com miosite necrosante autoimune e os mais baixos (menos de 10 vezes o limite superior do normal) são vistos em pacientes com miosite por corpúsculos de inclusão. Eventualmente níveis de alanina amino transferase também são elevados, embora algumas vezes seja erroneamente interpretado como uma indicação de doença hepática e que leve a uma investigação com biópsia hepática, em vez de uma biopsia muscular.
A eletroneuromiografia é um exame utilizado para diferenciar uma desordem neurogénica de uma miopática, em que na miopatia, os potenciais trifásicos (normalmente registrados) dão lugar a potenciais polifásicos de baixa amplitude e curta duração. Ocorre aumento da atividade espontânea com fibrilações, descargas complexas repetitivas e positivas acentuadas em ondas. Esses achados são úteis na determinação se a miopatia é ativa ou crônica e em excluir desordens neurogênicas, mas eles não podem ser utilizados para diferenciar Miopatias Inflamatórias das miopatias tóxicas ou distróficas. A RM pode ser usada para identificar o edema, inflamação no músculo ou fáscia, infiltração gordurosa, fibrose, ou atrofia.
A biópsia muscular é importante para o diagnóstico, mas não é necessária em todos os casos como em pacientes com polimiosite que já preencheram os critérios diagnósticos da doença ou com manifestações de dermatomiosite. O exame que mostra inflamação é perivascular e é mais proeminente localizada nos septos interfasciculares ou na periferia dos fascículos. As fibras musculares sofrem necrose ou fagocitose, frequentemente em uma porção de um fascículo muscular, ou a periferia do fascículo, devido à microinfartos que conduzem a hipoperfusão à atrofia perifascicular, o qual é caracterizada por camadas de fibras atróficas na periferia dos fascículos, frequentemente com infiltrados perivasculares e interfasciculares, é diagnóstica de dermatomiosite (ou de miosite de sobreposição, quando as alterações da pele estão ausentes ou são transitórias).
Subtópicos
1. Distúrbios Genéticos
Os distúrbios genéticos são a causa mais comum de miopatia. Eles podem ser herdados dos pais ou ocorrerem espontaneamente durante a concepção.
Os distúrbios genéticos que podem causar miopatia incluem:
- Distrofia muscular de Duchenne
- Distrofia muscular de Becker
- Distrofia muscular facioescapulohumeral
- Miopatia miotómica
2. Doenças Autoimunes
As doenças autoimunes ocorrem quando o sistema imunológico do corpo ataca seus próprios tecidos. As doenças autoimunes que podem causar miopatia incluem:
- Miastenia gravis
- Polimiosite
- Dermatomiosite
3. Miopatia Inflamatória
A miopatia inflamatória é uma condição em que os músculos ficam inflamados. Isso pode ser causado por várias condições, incluindo:
- Infecções virais ou bacterianas
- Lesão muscular
- Reações a medicamentos
4. Miopatia Metabólica
A miopatia metabólica é uma condição em que o corpo não consegue produzir ou usar adequadamente a energia. Isso pode ser causado por distúrbios genéticos ou adquiridos. Os distúrbios metabólicos que podem causar miopatia incluem:
- Doença de McArdle
- Deficiência de carnitina
- Deficiência de glicogênio
5. Medicamentos
Certos medicamentos podem causar miopatia como efeito colateral. Esses medicamentos incluem:
- Estatinas (usadas para reduzir o colesterol)
- Cloroquina (usada para tratar malária)
- Zidovudina (usada para tratar o HIV)
Tratamento
O objetivo do tratamento é aumentar a força muscular, permitir que as atividades diárias sejam realizadas normalmente e evitar complicações extramusculares.
O tratamento mais adequado para o tratamento da Miotpatia são:
Fisioterapia e Medicação (Corticoides)
Neste caso, vamos falar sobre os corticoides e para começar vamos definir:
“Os corticoides, também conhecidos como corticoesteroides, cortisona ou cortisol, são hormônios produzidos pelas glândulas supra-renais.” podem ser sintetizados e transformados em medicamentos muito utilizados no tratamento do cancro.
De maneira geral, os corticoides são drogas que conseguem modular processos inflamatórios e imunológicos do nosso organismo, tornando-se extremamente úteis no tratamento de diversas doenças, entre elas o cancro.
O grande problema é que o uso prolongado dessas medicações podem ocasionar diversos efeitos colaterais indesejáveis, entre eles:
- Insuficiência da glândula suprarrenal,
- Síndrome de Cushing,
- Osteoporose,
- Catarata,
- Trombose,
- Úlceras,
- Hipertensão arterial,
- Hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue),
- Psicopatias,
- Distúrbios do humor e
- Miopatias.
Esse último efeito descrito, as Miopatias tem importante impacto sobre a condição física dos pacientes. Reconhecer a miopatia como um dos efeitos colaterais do uso prolongado dessas medicações e de fundamental importância para o fisioterapeuta, sendo a fraqueza muscular uma queixa frequente, em que no quadro clínico apresenta-se de forma progressiva, inicialmente na musculatura proximal dos membros inferiores e, posteriormente, envolve toda musculatura dos quatro membros, poupando os músculos faciais e esfincterianos.
A diminuição e controlo dos Corticoides, também têm os seguintes efeitos colaterais como:
Sonolência, Muita fraqueza, sempre com tremedeira interna- notada externamente nas mãos, ansiedade, sempre com apetite e ataques de nervosismo temporário, aumento do pescoço e na cara
A Fisioterapia tem um papel importante no tratamento da Miopatia, para quem estiver a passar por isso – vai notar logo o fortalecimento e a regeneração da Massa Muscular perdida.
Conclusão
A Miopatia é uma condição complexa e diversificada que pode afetar significativamente a vida de uma pessoa. Embora não haja cura, os avanços no diagnóstico e tratamento estão ajudando a melhorar os resultados para pessoas com miopatia. É importante consultar um médico se você estiver enfrentando fraqueza muscular persistente ou outros sintomas de miopatia. Com o tratamento e apoio adequados, as pessoas com miopatia podem viver vidas plenas e satisfatórias.
Link para ler sobre esta doença e a Medicação: https://cortisone-info.com/en/side-effects/generalities/